sábado, dezembro 31, 2005

Uma resposta

Quem tem disfunções lingüísticas chama uma mulher que se chama Jana de Xana, uma troca razoável, mas se o objeto em questão for realmente aquele emaranhado de cabelos encaracolados que varia de forma e visual de acordo com o gosto do dono(a), acredito que o problema não seja esse, talvez essa, na verdade, talvez isso seja a solução de todos os problemas discursivos do mundo que se resumem em palavras monossílabicas e arranhões surdos no lombo magricela de um menino de olhos cor de lodo...

terça-feira, novembro 29, 2005

Quando as palavras deixam de ter sentido

Será que um dias as coisas tiveram um sentido reto? Linear, onde extremidades opostas ficam indiferentes umas as outras e que nunca se cruzaram?
Onde será que a sua história realmente começou? Será que algum dia ela termina? Ou será que alguém vai continuá-la pra você?

Respostas nunca são verdades absolutas de nenhuma espécie em potencial, interjeições nunca existem 24 horas por dia, adjetivos muito menos, raramente eles iluminam sua vida. O importante de toda história dizem que é a idéia em sua forma bruta, a criatividade de toda história morre aleijada de velhice, caminhando por uma praça florida, em cima de uma cadeira de rodas.

Trágico, o fim geralmente é trágico, por mais que a vida se multicolora de álcool e nicotina com alcatrão, o final sempre é previsível, que algum guru prevel ou então fez questão de interiorizar em seu apartamente pequenino.

'Sinto muito', foi o que eu disse exatamente quando uma senhora em um ponto de ônibus me perguntou: 'a que horas sua vida passa?'.

sábado, outubro 29, 2005



A porta da rua é a serventia da casa... Quando não se tem o que se gosta, quando não se consegue o que nunca se pode ter... Por favor, não faça doce, pegue suas coisas e saia pela porta da frente enquanto ainda é tempo, enquanto ainda há tempo... Enquanto a porta da rua te serve o amanhã recheado de brioches e café com creme... Enquanto o cheiro de naftalina ainda não impregnou as tuas roupas... Enquanto tudo não passa ainda... De Saudade...

sábado, outubro 22, 2005

Um desses tem ciscos de lamúrias no canto dos olhos, seu falar, mesmo quieto, rebaixa o ânimo de todos. Já estou cansado de esperar a juventude, disse dessa sina. Nasceu com uma idade sem fome, permaneceu sem vento ou chuva, desde sempre existe num lugar que secou o tempo. Era vísivel como gostava de conversar comigo. Evitava, mas qualquer bobice que eu escorregava, tinha moradia em sua admiração. Fui salvo pelo canto desafinado da gordinha que fazia parte do grupelho. Era uma gordinha cantora e portuguesa, ou seja, das primeiras vezes, quase a pedi em casamento tamanha emoção, mas depois, cansava-me o vocabulário sempre refém da saudade. E ela percebeu meu desdém. Perguntou-me, como quem denunciava-me de insensível, se eu não sentia saudade. Não, eu sinto sede. A portuguesinha calou-se implorando piedade. Não faltei com a verdade. Se a senhoritinha começar a chorar aqui eu vou te por no olho da rua, recebi o aviso de despejo do tio Bambo. Fiquei aflito com o risco de cegar ao relento a qualquer lágrima da gordinha de Lisboa. Dependi da sua dor. Num rompante, descruzei os braços e sentei ao lado do senhor sem idade. Você não sente falta de comemorar aniversário, perguntei, apenas para mudar o vazio da prosa. Vai ter torta de morango no meu enterro, respondeu, juntando alguma felicidade.


R. Gontijo, depois do anoitecer... as idéias se transformam em lâminas afiadas de bem-querer... E a vontade se perturba em rosas mal-cheirosas de um querer-ver-me-ver...

sexta-feira, outubro 21, 2005

::: ORKUT e a banalização dos bate-papos de internet...

Me lembro quando eu tinha meus 15/16 anos, entrava naquelas salas de bate-papo e conversava por horas à fio com desconhecidos sem nome, sem rosto, sem gosto, com idéias e sentimentos e nada mais, posso dizer que até fiz alguns amigos assim. Hoje em dia o que se vê é um monte de gente em um blog pessoal com fotos e descrições pessoais a respeito de si mesmo. O interessante é que nada diz a respeito do que aquela pessoa realmente é, como ela reage diante de sentimentos e sensações adversas, nada conta nada à respeito de alguém.

A verdade é que não entendo como conseguem, acho tão chato falar na primeira pessoa do singular, acho tão chato ter que poupar o tempo dos outros, contando pra eles quem eu sou, o que eu sou, do que eu gosto e etc... Prefiro deixar que eles descubram por si próprios quem é Rogério Gontijo. Quem não tiver paciência pra descobrir, com certeza não há de ter paciência pra entrar em minha vida.

Mas voltando ao assunto das salas de bate-papo, esses dias atrás eu tentei começar algumas conversas com desconhecidos da internet, as únicas perguntas que eu ouvi foram: 'Oi, tc de onde', 'Como você é', 'Você tem foto', 'Você tem MSN' - Não sei, mas o que foi que aconteceu com os assuntos legais, ora, se o nome diz, salas de bate-papo, qual o mal de bater um papo? E o pior de tudo, homem não conversa com homem e mulher não conversa com mulher, são raras as exceções. Acho que hoje em dia todo mundo entra em salas de bate-papo, em orkut, em MSN e o escambau a quatro pra procurar um romance, um affair, alguma coisa parecida com isso. A coisa se banalizou a tal ponto que é normal ver adolescentes marcando encontros em salas de bate-papo, conversando bobagens do tipo: 'To afim de beijar a sua boca', 'Gostaria de encontrar você em uma sala mais reservada', beleza, nada contra, mas o que será que aconteceu com aquela coisa de sair, conhecer gente, tomar 'golo' com os amigos, tentar conquistar aquela mocinha porque ela tem um jeitinho meigo de te olhar nos olhos, ou sei lá por qual motivo.

O mundo realmente anda depressa demais. E as pessoas que vão caminhando com ele, que enxergam os cabelos ficarem brancos, que enxergam as rugas do tempo, que realmente se sentem ameaçados de alguma forma pelas mudanças repentinas desta coisa gigantesca nas cores azul com manchas esbranquiçadas e meio esverdeadas, porém uma coisa não muda, no meu tempo ou no seu, ela continua... Redonda...

Pegando mais um pouquinho no pé do ORKUT, se preferirem, podemos chamá-lo de IOGURT (assim mesmo, com 'Tê' mudo pra não avacalhar com o estrangeirismo da palavra), pois é praticamente impossível adicionar alguém na sua lista de amigos que você não conheça, ou seja seus amigos virtuais geralmente são seus amigos de carne e osso... Caso você tenha uma lista gigantesca, provavelmente você é bonito ou famoso, ou tem um papo legal... Tem gente que eu não conheço que realmente já me adicionou, mas simplesmente nunca respondeu as minhas mensagens, simplesmente fingem que eu não existo, qual a importância de se ter uma lista gigantesca de amigos se você simplesmente não quer ou não consegue conversar com nenhum deles?

A internet ficou chata ou será que eu é que fiquei rabugento? Não importa, o que importa é que eu em minha velhice internética estou de saco cheio dessa cara jovem dessa coisa 'cult' que se transformou a internet...

Tem coisas que são complicadas demais pra entrar na minha cabecinha... Talvez oca, talvez não, talvez velha demais, talvez esquisita demais... Mas pelo menos a Terra ainda continua... Redonda...

terça-feira, outubro 11, 2005

E um certo dia me perguntaram: 'Não entendi, o que foi que você quis dizer com esse seu texto?'. Ora, por que sempre tem que se dizer alguma coisa? Nada contra quem gosta de ler as 'onopatopéicas' formas de comunicação existencialistas, nada contra as seduções 'linguajeiras' de Sartre, nada contra quem lê as depurações retóricas de Nietzsche. Nada contra nada, mas acho estranho me falarem: 'Você utiliza palavrões chulos demais em seus textos'. Tá certo. Nada contra, mas ainda sou da teoria, você só comenta alguma coisa a respeito sobre o texto de alguém, quando você realmente tem algo para comentar. 'Seu texto não tem nem sequer mensagens subliminares'. Tá certo, isso quem disse foi você, não quer dizer que não tenha. E isso pra mim é discurso de bicha virgem. Lê as entrelinhas quem simplesmente sabe lê-las. Encontre sentido pra mim no texto JAGUADARTE de Lewis Carroll:

JAGUADARTE

(Lewis Carroll, 1865)

Era briluz. As lesmolivas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.

Foge do Jaguadarte, o que não morre!
Garra que agarra, bocarra que urra!
Foge da ave Felfel, meu filho, e corre
Do frumioso Babassurra!

Ele arrancou sua espada vorpal
E foi atrás do inimigo do Homundo.
Na árvore Tam tam ele afinal
Parou, um dia, sonilundo.


E enquanto estava em sussustada sesta,
Chegou o Jaguadarte, olho de fogo,
Sorrefiflando através da floresta,
E borbulia um riso louco!

Um, dois! Um, dois! Sua espada mavorta
Vai-vem,vem-vai, para trás, para diante!
Cabeça fere, corta, e, fera morta,
Ei-lo que volta galunfante.

Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!
Ele se ria jubileu.

Era briluz. As lesmolivas touvas
Roldavam e relviam nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas,
E os momirratos davam grilvos.


E olha que o cara escreveu um dos livros mais subliminares do mundo... Aposta-me as tuas 'subliminariedades' neste texto, meu caro...

É verdade, você pode até não gostar do tipo de texto que eu escrevo, mas a verdade é que só se deve argumentar a respeito de alguma coisa quando realmente se tem algo para se argumentar, linguajar chulo, mensagem subliminar simplesmente não funciona no meu discurso.

Enquanto isso, sigo usando as analogias, bocetinha úmida, dedo médio enrijecido, o que argumentar do mundo enquanto ele se constrói em cima duma pistola de plástico, foda-se a linguagem enquanto as formas de comunicação simplesmente forem débeis e estreitas demais... Que cantem a marcha fúnebre, que me seduzam as putas e o orvalho da noite...

Enquanto isso você que procure suas mensagens subliminares na bíblia... Lá tem um monte...

Enquanto isso eu sigo, você se esquece de acontecer... Enquanto isso eu bebo, e você tenta encontrar uma análise pitoresca sobre a fórmula química da cerveja...

Enquanto isso eu escrevo, e você analisa o que se diz com as palavras mal acabadas de gente que nem sequer sabe dialogar...

Me dê um argumento, me dê um esquecimento, me dê um cigarro que a gente senta pra conversar... Enquanto isso você continua no seu monólogo mal feito de cristão mal resolvido... E olha, por favor, sexo só depois do casamento. Com certeza isso só pode ser porra que sobe pra cabeça... (Pra que você não me chame de chulo mais uma vez, entende-se por porra, aquele líquido viscoso que vocês chamam de sêmen, coisa que os cristãos usam pra procriação e eu uso como cosmético pra peles femininas, com certeza, muito bom pra pele).

E assim tenho dito...
Eles falam,
Vós Falais,
Nós falamos,
Ele fala,
Tu falas,
Eu não consinto...

domingo, outubro 09, 2005

Tá antes de mais nada, para os desavisados, quero esclarecer que não sou ateu, não sou anticristo, não sou anti-coisa-alguma, mas sabe como é, é sempre bom esclarecer as coisas antes que as pessoas te detonem com comentários ferrenhos de ordem religiosa... Escrever tem dessas coisas, nem tudo o que se escreve é necessariamente uma verdade, e obrigatoriamente é uma mentira travestida de realidade... Mas se as explicação não resolvem porra nenhuma... Bem... me desculpem, mas, que se fodam os ofendidos...



::: E assim se fez o mundo

Deusdete era um menino muito travesso, vivia isolado em um país de gigantes. Morava naquele mesmo país que o menino do pé de feijão foi conhecer.

Fico pensando, se o tal ministro responsável pelo turismo daquele lugar fizesse uma propaganda na REDE GLOBO, em horário nobre, diga-se de passagem, será que se assim fosse, o tal país dos gigantes seria mais conhecido e visitado que a Disney World?

Mas não percamos o foco de nossa história, voltemos as travessuras do menino Deusdete - ruivinho, com sardas no rosto, apelidado de melequinha cor-de-fogo pelos coleguinhas (é que Deusdete tinha a mal-educada mania de ficar tirando muco do nariz durante as aulas de álgebra curvilínea) - e de Deus pelos parentes mais próximos.

Deus não tinha grandes pretensões na vida, queria ser jogador de futebol, enriquecer facilmente, mesmo sendo um perna de pau, e mais tarde, quando estivesse em fim de carreira, depois de ser pego no exame anti-dopin, posar nu para alguma revista gay e no final das contas dizer que a dinheirama pouco importava, havia feito aquilo por causa da arte.

Deus tinha o sonho de morrer velho e obeso, assistindo novela das oito e se lamentando das coisas que ele deixou de fazer durante a juventude.

Para os pais, Deus era considerado um problema social, menino arredio, de temperamento explosivo, fugiu de casa aos dezesseis. Cresceu nas ruas vendo a triste realidade do seu tempo, deixou de lado a porra daquela coisa que chamam de sonho e começou a trabalhar para se sustentar. Depois de vender bala no sinal, água mineral geladinha, depois de fazer malabarismo (precisou sair do ramo, porque começou a ficar concorrido demais), foi engraxate, segurança de puteiro, gigolô, canalha e bicheiro, resolveu começar a trabalhar com carteira assinada, foi aí que ele descobriu que a profissão mais antiga no mundo não era a das putas, e sim, a dos trocadores de ônibus, deixou o bigodinho crescer e o caralho a quatro, desistiu logo da idéia quando recebeu o seu primeiro contra-cheque. Foi pra avenida larga fazer programa, chupava paus a troco das moedas que os fregueses da padaria deixavam no balcão. Cansou de tentar ser honesto, virou traficante. Conheceu uma puta local e a engravidou, antes descobriu que adquiriu gonorréia e então, aos exatos vinte e dois, virou pai. Sua mulher, agora ex-prostituta, deu a luz a um anão.

Deus não era muito bom com essa coisa de dar nome para as coisas, como traficante só conhecia nome de arma, teve a brilhante idéia de olhar para o lado, quarto 'G', bem, quarto ge, num hospital do SUS, daí a origem do nome GêSUS, que com o passar do tempo foi sendo chamado mesmo é de Jesus (podemos pular a parte da 'transmutação' lingüística da palavra em questão, já que ela é dispensável e chata).

O tempo foi passando e o beco que era de Deus foi ficando cobiçado demais pelos outros traficantes, e então, Deus, zelando pela integridade física do seu único rebento, mandou seu filho-anão pra Terra dos homens.

Na Terra dos homens, Jesus não era anão, era uma pessoa comum, do tamanho de todo mundo, mas, infelizmente, por aqui ele criou um monte de histórias, disse que andava pela água, que multiplicava peixes, que transformava água em vinho e vivia disso, cobrava cachê e tudo mais. Quando os contratantes começaram a descobrir que Jesus era ilusionista e que tudo não passava de truque, mandaram prender o pobre coitado, ele foi espancado, mutilado e recebeu a maior pena da época, a pena de morte.

A verdade é que se fosse nos dias de hoje Jesus seria uma grande estrela, seria rico, teria um monte de mulher e uma quantidade enorme de bens matérias, seria hoje, um homem de negócios. Nada como nascer no tempo certo. 'TUDO TEM SUA HORA' - e assim disse Jesus.

Deus hoje em dia abandonou o tráfico, vive somente com os direitos autorais do livro que seu filho escreveu, O LIVRO SAGRADO, que tinha o nome de 'As Travessuras de Jesus na Terra dos homens', mas com o passar do tempo os editores acharam que o nome não caia bem, e resolveram mudar o nome do livro que conhecemos hoje... E assim se foi Jesus, o filho de Deus com uma prostituta.

terça-feira, outubro 04, 2005



Tempo é uma ampulheta de vento que mede clandestinamente as vozes e os horrores do descaso, com o acaso me desfaço em versos ingratos pela milésima vez.
A incompetência e a incostância do tempo, e o meu descaso com o fato deu querer ser correto me seduz para o contrário desfecho do ser um esbelto mal feito no ventre ensopado de vermes de MIMI.

MIMI é a minha vaca. Tenho horas de prazer com minhas vacas. Canto estórias, conto estrelas, pinto com colheres a ração barata, coloro com fumaça o ar transparentemente opaco.

Tenho amores, tenho galinhas, moro em uma fazendinha num planeta distante, onde o pequeno príncipe é o meu vizinho, onde o E.T. de varginha é o entregador de leite, onde Chupa-Cabras é uma putinha especialista na arte de mamar nas tetas de minhas vaquinhas premiadas.

Aqui não tem água, as plantas crescem com urina rosa, coloridas com tinta óleo e meu patrimônio se torna líquido como... letras e números que me escorrem entre os dedos.

Entre arranha-céus de aranhas armadeiras...
Entre paredes fora de foco...
Entre fotografias que pintamos em nossas retinas...

quarta-feira, setembro 28, 2005



Nas paredes pichações de romances que nunca deram certo, porque romances de banheiro são casuais demais. As vezes me imagino pensando, será que o que está escrito ali, justamente naquele banheiro foi lido por quem deveria? Será? Se o banheiro fosse para homens, mulheres e bichas eu até entenderia, mas e quando você encontra o mesmo tipo de 'mensagem' no banheiro dos homens. Será que aquilo ali foi escrito pra outro homem.

Essa coisa das mensagens subliminares é realmente estranho. Por que será que eu gosto de ler essas mensagens enquanto seguro o pau pra botar pra fora minha embriaguez. Por que será que bêbado nunca tem a pontaria boa, os pés sempre se mijam sozinhos... Pés mijados que se mijam sozinhos, tosco de se pensar, nada muito cheiroso pra querer se lembrar.

Doralice era lésbica, e entrava nos banheiros masculinos e mijava de pé. Uma mulher com culhões. Andava com uma navalha dependurada na cinturinha de pilão, já havia cortado alguns pescocinhos por aí... Não sentia remorsos. Se sentou no vaso, tirou o pincel atômico do bolso da calça jeans, e escreveu. Adoraria que você chupasse o meu pau...

sexta-feira, setembro 09, 2005



Porque um dia somos jovens e nos alimentamos de questionamentos e soluções rápidas, e no dia seguinte, temos a pele enrugada, o pulmão viciado em nicotina e as retinas perturbadas pelas milhares de cores com que pintam a vida...

Porque um dia temos tempo pra deixar pra amanhã o que poderíamos ter feito hoje, e no dia seguinte, temos que utilizar o amanhã pra elaborar hoje e ontem, precisamos de relógio de pulso, lembretes de celular e precisamos de plano de saúde...

Porque um dia temos histórias e poemas pra escrever, e no dia seguinte, temos cadernos rabiscados, corretores ortográficos muito mais inteligentes do que os professores de faculdade e temos o que não temos... Tempo.

Porque um dia temos sorrisos e dentes lindos pra mostrar, e no dia seguinte, nossas rugas tampam nossas expressões...

Porque um dia somos jovens e bonitos demais, e no dia seguinte, nos perguntamos: 'pra que tanto cabelo no saco se na cabeça não sobrou nenhum?'.

Porque um dia nos masturbamos e achamos graça de na mesma noite gozar quatro ou cinco vezes em uma relação, e no dia seguinte, continuamos nos perguntando qual o motivo de tanto peso extra na vida, já que de agora em diante seu corpo está fraco e cada testículo pesa como um saco de laranja cada...

E a vida continua, e eu ainda sou jovem, sou chuva, verão, sol, primavera, outono, inverno, sou quente, sou frio, úmido, molhado, sensível, uma pedra, sou perturbado, tenho vontades, meu saco ainda não é um peso extra, minhas memórias ainda não se transformaram em lembranças, minha saudade ainda não se chama desesperança, minhas músicas ainda não são velhas demais... Meus livros ainda não são clássicos da literatura. Ainda limpo a bunda com as folhas que escrevo, ainda estou me intoxicando com meus desmanzelos, ainda estou aqui... Pro que der e vier, pro que quiser me levar, praquele que me foder e fazer gracejos, praquela que me estuprar e me dizer saúde, pra tudo o que eu quero, pra tudo o que eu transformo... Estou cansado, mas continuo... Primavera, verão, outono, inv(f)erno...

quinta-feira, julho 28, 2005

noise and kisses...




Gotas de chuva cantarolando miasmas e humores de um entediado dia que ainda nem começou o que nunca começa...
Se acaba ao MEIO-DIA.
Quando o dia vira tarde e se entristece de anoitecer.
Quando um qualquer escreve sua triste história diante da tevê ligada, que mostra sua vida em cenas desmontadas de trechos proibidos pela censura imaginária do recalque.
Que uma boca se perca em um beijo.
Que um sorriso acalente a angúsita.
Que duas mãos enrijeçam um caralho
Que um infarto acalme um coração...

terça-feira, julho 19, 2005

O que se diz quando se desdiz...

Minha boca se cala quando não se consente com nada. Fala quando não se seduz palavras indoevindoevoado por entreluzes incandecentes que incendeiam meus olhos no salgado mar morto do que se chama AMOR. Eu não me desfaço em romantismos, que a minha secura não seque e nem segue os teus olhos brilhantes. Que minh'alma se desfaça em cinzas de bem-me-quer-mal-me-quer longe das vistas grossas da maldade, longe da insensatez do que se concretiza com versos chulos de me queira, me prove, me aprove, me diga, me sinta, me acorde. Não posso ser mais do que sou, não quero ser mais do que sou, não consigo ser mais do que sou. 'Quanto menos se fala, menos se erra' - já dizia um sábio ditado. E não sonho, só espero que a fumaça do meu cigarro não me deixe nocivo, e que o amargor dos meus olhos não me deixe inerte...

domingo, julho 10, 2005

para alguém...

Saudade da boca, do olhar sincero, saudade do que é bom e nunca termina, saudade do que você diz que tem pra me dar e que eu gostaria de ter. Saudade do que não é meu por direito, mas que você me deu com vontade e de braços abertos.

Saudade. Saudade. Saudade.

Por mim, pelo que eu gostaria de ter dito e não falei, saudade pelo que eu poderia ter te contado e não contei. Saudade de ser comunicativo e falar as coisas com naturalidade, esquecendo-me de que o dia tem fim. De que todo fim é próximo demais para o amanhã que começa. Saudade por mim... Saudade de quem mora do outro lado da cidade e me mostra o que eu quero mas ainda não quis.

Saudade de uma pequena menina grande. Que sem sombra de dúvidas é bem mais comunicativa do que eu, que me conta dos seus dias, que me conta da sua vida, saudade de uma pequena menina grande, que chora quando se sente triste, que canta quando está feliz, que me conta sobre o que pensa, que me mostra cada pedacinho de verdade, que me sonha cada naco de felicidade.

Tão diferente de mim, calado, estático, de passado duvidoso, de sonhos nublados, de sorriso debochado, de olhar despreocupado, de semblante sem sentido, sem vontades, sem verdades, um pedacinho de gelo quando não deveria, um 'pirracento' quando não gostaria.

Se me quiser, sou seu.
Quando você me quiser...
Enquanto você me quiser.

terça-feira, junho 21, 2005


E um dia... Fomos...
Eu consegui me formar... Que me desculpem os caros colegas, foi inevitável, comecei o texto da forma mais egoísta possível, vamos refazer o começo. Conseguimos nos formar, conseguimos realizar um grande sonho. Grande sonho para alguns, para outros simplesmente, conseguimos um diploma. Mas o mais importante não é o papel que agora levamos conosco para acrescentá-lo ao nosso currículo. Prefiro analisar o curso de uma maneira diferente. Prefiro analisá-lo pelo lado humano. Pelo lado emocional. Pelo que de fato eu levo comigo por todo meu resto de vida. Fiz poucos amigos, muitos conhecidos, mas gostei de muita gente... Tenho certeza que algumas pessoas verei sempre que possível, outras, simplesmente seguirão suas vidas, seus caminhos, seus sonhos, alguns incrementarão mais ainda seus currículos, outros darão um jeito de lecionar e enriquecer o intelecto de jovens e adultos. Ainda não sei em qual dessas hipóteses eu me encaixo, mas o importante não é saber se me encaixo em algum lugar, o importante é saber que estarei em algum lugar, perto de piadas, perto de sorrisos, perto de abraços, perto dos meus amigos, as outras pessoas serão felizes com seus amigos, mas não mais farão parte do meu dia-a-dia, isso não é de todo ruim, o importante é se deixar levar pelo vento, se deixar levar pelas folhas de papel, deixar as histórias já escritas de lado e começar a escrever a nossa história.

E por mais utópico que isso possa parecer, por mais que queiramos que essa nossa amizade prossiga, persista, ela vai se enfraquecer, os laços se afrouxarão, as nuvens ficaram nubladas alguns dias... Mas a gente segue, compramos um guarda-chuva, compramos um par de galochas e continuamos seguindo... Sempre em frente... Não porque queremos nos esquecer dos nossos amigos, mas o tempo e a distância nos levam pra caminhos diferentes... Analiso as coisas pelo meu lado, não sou vidente e não encaro os fatos como verdades absolutas, se você tiver uma 'analise' melhor pra fazer, aproveita enquanto isso daqui ainda não está registrado em cartório...

Mas vivemos tempos absurdos. Tempos em que as distâncias e seus sistemas métricos se confundem. Há pessoas que vejo pouco, apesar de morarem na minha própria cidade... Algumas na mesma rua. E há pessoas que não reconheço mais. À distância nos deforma, o tempo nos retoma. Nunca seremos as mesmas pessoas se tivermos esse desejo de querermos ser melhores... E sempre queremos melhorar.

E é justamente nestes tempos absurdos, que as saudades absurdas (re)aparecem. Esquecemos com facilidade laços que sempre julgamos próximos do eterno e arrastamos amores passados em nossos umbigos. Repetimos as mesmas atitudes dos livros que lemos e dos filmes que assistimos. Não inventamos nossas próprias loucuras. Procuramos encenar que a distância não nos modifica. E, vai ver, não modifica mesmo. É só o mundo que inclina alguns poucos graus num sistema métrico preponderante, e nos tira do nosso eixo.

Não sei como será daqui para frente... Mas foi bom o convívio nesses quatro anos... Levo comigo boas lembranças, alguns beijos, levo comigo sonhos de alguém, levo comigo desejos de outrem, levo comigo palavras inesquecíveis, levo comigo textos bons de se ler e reler, levo comigo em minha mochila surrada pra poder me lembrar que um dia estive com muitas pessoas que me fizeram ser um pouquinho do que sou hoje e não me entristeço... Porque... As levo comigo...

E é nessas horas que eu adoro cantar alto... Bem, e que se fodam os ofendidos.

domingo, junho 19, 2005

19 de junho de 2005

Eu me formei. Agora tenho tempo para ler meus livros por prazer e não porque algum professor filha da puta me mandou lê-lo. Acabei de ler alguma coisa do Rubem Fonseca, definitivamente Fonseca é um cara FODA. FO-DA! Bufo e Spallanzani é um livro gostoso de ler, daqueles romances policiais que te prendem do início ao fim, sem ficar monótono no meio e que te deixam estupefado com o final. Rubem é foda, eu gostaria de convidá-lo para uma xícara de café, ou para uma cervejinha quem sabe, mas essas coisas a gente não faz, a gente simplesmente se deixa estar em alguma mesa de bar com mais um exemplar de mais uma brilhante história de um daqueles escritores que a gente gostaria de ter sempre ao lado da cabeceira da cama.

E vamos para o próximo livro, porque o tempo não nos espera, e o domingo nos consome em sua programação de domingo estéril. Para que livros se podemos ouvir música sertaneja misturada com forró e saber que na próxima semana aquela maldita dupla se apresenta na sua cidade e troca ingressos por alimentos para matar a fome de algumas pessoas carentes. Quanto a isso tenho que dizer que sou insensível, porque livros não saciam a fome.

terça-feira, maio 31, 2005

Quando o dia anterior termina tumultuado, quando o dia que começa começa tumultuado, tenho sempre a lijeira impressão de que simplesmente não dormi, não preguei os olhos um segundo sequer.

A segunda terminou com um beijo xoxo, uma menina que não é bonita e você fica insistindo durante o curso inteiro por um beijo e uma passadela de língua no céu da boca. Ontem ela me deixou passar a língua no céu da boca dela, porém, é uma senhorita fresca que não gosta da minha barba e que diz que não quer me beijar porque a minha boca fede a nicotina e alcatrão. Nada contra, cada um tem as suas preferências, mas então que não ficasse me incentivando nas minhas investidas. O pior de tudo é que você tem medo de enfiar a língua até na goela da menina e ela fazer vômito então acaba que o beijo xoxo tem minha parcela de culpa, eu não mexi a língua o suficiente para que o beijo não fosse xoxo...

O dia começou porque um viadinho que dorme na cama que fica ao lado da minha reclamou do alarme do meu celular, nada de 10 minutos, disse que eu procrastino demais o tempo de levantar da hora que o celular toca da primeira vez. Tá realmente dormir com um estranho na cama ao lado não é nada bom, e o pior de tudo é que o estranho faz parte da sua família, te viu nascer, e você simplesmente morre de medo daquela bicha careca que os outros chamam de irmão. Irmão é o cacete.

E o dia tende a ser mais tumultuado ainda... Sei que ele começou ruim... Só espero que ele termine bem... E vamos ao restante do dia... Aguardem cenas do próximo capítulo...

domingo, maio 22, 2005



Sentir o gosto dos meus cigarros enquanto olho pro céu. Vislumbrar um conhecido que eu desconheço, que mesmo próximo é tão distante. Longe do toque dos meus dedos...
O gosto do guaraná molhando minha sede e me deixando estático...

Observando o que eu vejo mas não tenho, porque é grande demais pra eu poder abraçar... Tão azul, onde vejo vez ou outra aeroplanos rasgando sua imensidão com um estrondoso som, como se estivesse avisando que os céus já tem dono. Mas eles não tem dono, não pertencem a ninguém, tudo ali é livre, tudo é belo... É finito porque se desconhece a verdade do infinito.

A fumacinha nociva e nojenta dos cigarros começam pequeninas, vão crescendo e tomando forma de nada, se encontrando com o desconhecido e sendo abraçadas pela imensidão disforme azulada...

Que as estrelas que me perseguem durante a noite, me deixem dormir tranquilo... Que algumas nuvens que serão passageiras a vida inteira se estacionem na janela do meu quarto por alguns anos e que não me deixem mais sozinho... Que eu seja eu sempre que possível, que a imensidão azul me consuma... E me abrace... Com sua deformidade sem braços... Com seu sorriso desdentado... Com seus sonhos e pesadelos nublados... E que me leve pra onde quiser... Junto com os ventos que sopram do sul...
Quem consegue amar um única mulher?



Quantas vezes você já sentiu o coração bater por causa de alguém que você nem sequer conhece direito, ou até mesmo por quem você desconhece completamente? Um ser do sexo oposto que te atraiu por causa do corpinho jeitosinho, ou por causa dos olhos bonitos, ou simplesmente porque ela é sexy quando te olha de cima em baixo (a verdade é que quem se apaixona por causa do olhar de uma mulher ou tem mais de 40 ou é viado)!

Por mais conhecida seja essa sensação que as vezes nos consome, ela sempre se apresenta de maneira estranha. Eu me apaixonei por duas de uma vez, e acho que essa coisa de amar uma mulher de cada vez é desperdício de tempo. Mas vamos as minhas amadas.

Uma tem um filho e vive em função dele, carrega uma carta que escrevi pra ela dentro da bolsa e diz que sempre que se sente triste dá uma lida na dita cuja (carta), mas tenho a certeza de que ela não a lê e simplesmente nem se lembra que eu existo, porque antes de me despedir dela eu havia dado lhe um livro, que me foi devolvido quando me reencontrou, ou seja, fez como se parecesse que eu tivesse emprestado o livro pra ela, beleza, eu peguei a merda do livro e pensei, 'depois eu dou essa coisa pra alguém' - tá certo que eu dei o livro pra ela porque não havia gostado daquela porcaria, mas era um presente...

A outra é uma galeguinha linda, com um corpinho lindo, o rabo levantado, caminha rebolante que só ela, tem os olhinhos claros, cabelos loiros, vejo seu aparelho toda vez que ela me dá um sorrisinho, tem carinha de menina sacana, mas tem um sério problema, vez ou outra sai do seu local de trabalho escoltada pela polícia. Há pouco tempo descobri que era cleptomaníaca e tinha mania de roubar as coisas e dizer que não sabia de quem era, e se a acusavam simplesmente se fazia de desentendida e ligava para o seu advogado. Ela foi mandada embora, mas deixou saudade dentro do meu peito, gostava de olhá-la indo pra lá e pra cá rebolando aquele rabo lindo...

Por mais impertinente e estranha as coisas pareçam, não consigo tirá-las da minha cabeça. Talvez a vontade de fodê-las seja bem maior do que qualquer sentimento de amor ou amizade. SEXO, GOZO, DESEJO... É o que me move, é o que nos move. É o que procuramos, talvez também seja o que elas procuram. Ai ai, mulheres, mulheres, até onde se consegue caminhar sem elas? Até onde se consegue chegar sem o aconchego do colo materno? Não sei responder essa pergunta. Talvez ela não precise de uma resposta que faça sentido.

Mas o que me deixa abismado e impressionado é ver a tal galeguinha branquinha de rabo avantajado sair escoltada pela polícia com um sorriso nos lábios enquanto a levavam pra prestar depoimento na delegacia mais próxima. Tá eu admito, eu tive vontade de seguir com ela dentro da viatura onde aqueles policiais brutamontes andavam com olhar despreocupado no banco dianteiro da viatura coberta pela maresia.

E minha repugnância toma forma. Essa é a minha vida indecente querendo fazer com que alguém dependa dela. Será que ela já foi liberada, ou será que os policiais fizeram com que ela se ajoelhasse e pagasse um boquete pra cada um daqueles seres que trabalham no batalhão? Se a segunda hipótese for verdadeira fica uma pergunta tosca martelando dentro da minha mente problemática: 'Será que ela cospe ou engole'?

sexta-feira, maio 13, 2005

Versos Soltos

-Você sabe o que são versos brancos?
-Não, que porra é essa?
-Você estudou sua língua durante 4 anos e não sabe o que são versos brancos. e ainda me fala com essa cara mais boba do mundo, com esse olhar todo despreocupado? Você deveria se preocupar, isso é sério!
-Sério pra quem? Pra mim ou pra você? Que ainda insiste em andar comigo?

Não sei porque, mas não tenho a carecterística e um intelectualóide. Não sei um monte de coisas e tenho desinteresse por um monte delas. Tá bom me culpe, me queime, cuspa na minha cara ignorante mas pare de caçoar de mim como se eu fosse a pessoa mais inútil que você (des)conhece.

Em uma casinha de tijolos chapeuzinho vermelho leva doces para a vovozinha, enquanto o lobo espreita por detrás de uma árvore os passos da netinha gostosinha. Doces? Que mané doces o que, eu quero é o rabinho.

No restaurante chinês eles arrancam as escamas da pequena sereia e a servem enrolada em alga para empresários de uma importante indústria de equipamentos eletrônicos. Meio espinhento, mas saboroso.

No oceano Pacífico eles capturam uma esponja que se chamava BOB, e agora ela limpa panelas com o nome de SCOTH (de sobrenome BRIGHT).

O gato TOM morreu no ano de 1992 depois de comer o rato JERRY. Só que TOM não sabia que antes do ratinho bonitinho ser ingerido ele havia comido uma grande quantidade de veneno para rato em grânulos, não se tem informação sobre o último depoimento do ratinho popstar, porém, suas últimas palavras foram: "Uhhhhh! Docinhooo!.

Nonsense essas historinhas, mas apesar de serem tristes foram assim que elas terminaram, e para evitar um revolta infantil nas ruas do formoso Brasil, a imprensa abafou todos os casos...

F.I.M.

sexta-feira, abril 29, 2005




Em etapas a gente vai terminando o que não se começou.
Começando a lentos passos percausos de poesias mal escritas.
Fumando vidas que cheiram à colônia barata e que beijam lentas as faces da minha hipocrisia.

Querer, desejar, aumentar, em paradisíacas viagens o que não se começou.
Pólvora que deixa a vida acesa e entope sua circulação com dejetos tortos de substâncias nocivas a sua saúde.

Me queira por favor, só essa noite, na festa que não termina, nos sonhos que a gente ensina ninguém a querer sonhar. Soando em solas grossas em mãos calejadas de tanto se esbaldar. A vida é feita de mim, a vida é feita de você. Você não existe, portanto, a vida é ali, onde mora o desejo, onde o acalanto vem e te cospe na cara, onde a poesia se transforma e morre de desnutrição.

Venha, me dê a mão, chupe a minha língua...
E me queira... Pelo menos por essa noite.
Os dedos tilintavam suavemente sobre a pele macia... As brincadeiras jocosas e o ar desplicente da menina de cabelos loiros e de rabo avantajado. Era bonita vê-la caminhando pra lá e pra cá. As mulheres que rebolam pouco é que são as boas, as que rebolam demais simplesmente se mostram, as que não rebolam são boas, em todos os sentidos.

Na sala do médico a pergunta inevitável: Gostaria de saber como é que você conseguiu esfolar tanto o pau batendo punheta, tem que fazer isso com cuidado, não adianta ficar esfolando o pobre coitado assim, sabe-se que a adolescência é um período difícil, eu já tive 14 anos um dia, mas depois que voce perder a virgindade tudo se resolve.

De fato não aconteceu, as amantes eram intermináveis, as palavras eram poucas, mas o estoque de porra parecia... Interminável.

terça-feira, abril 26, 2005

Minha enteada

Minha enteada. primogenita. minha tara. meu tesão. Depois do café do 3o.dia, antes de sairmos pra uma volta em uma praia qualquer, encostei a putinha na pia da cozinha do apartamento, apertando os botões abruptos da enteada primogenita e sarrando no formoso lorto da forte petiz. A gostosa piá declarou-me: "Paizinho...introduz tua benga grossa em minhas nádegas grandes...tu gosta... "Baixei o short curto e colado. Desci o biquini minusculo e cavado. Lambi com a bengala em riste a linda padaria da adolescente branda. Eu disse à minha enteada primogenita: "Goza gostoso...comigo...em meu bordão rígido... "Gozamos juntos, com a bichana macia rebolando o pandeiro conspícuo em meu cacete rijo. na tarde do 4o.dia, antes de sairmos pro restaurante, a bichinha redonda exclamou:"Ai...Paizinho... lambisca meu posterior rotundo com teu cajado alongado... eu sei que tu gosta... e meu pousadeiro é mais saboroso que os quadris tesudos de Neném... e os apetecedores quartos de mamãe... "Mamei com o caralho áspero a apetecível rabichola do apetente broto. Meti o dardo comprido nas coxas apetitosas do arrebitado brotinho. Mordi com a faca dura o atraente rabo da bela garota. A vaca rebolou a bonita traseira em meu facão grande. Gemi-lhe: "Oh... tesão... vou tirar teu cabaço... "Alterei o alvo e mordisquei com o ferrão grosso o grelo gostoso da linda enteada primogenita, que gozou junto comigo com meu ferro longo em seu brando traseiro. Na madrugada do 6o.dia,a garotelha macia foi comigo à alcova de Tamires, onde gozou com o busto conspícuo na great redonda da garotinha rotunda, ao mesmo tempo em que eu penetrava com minha lenha em riste as ancas saborosas da garotita tesuda, vertendo porra pelo lenho rígido no apetecedor assento de Tamires. Gozamos os três juntos.

sábado, abril 23, 2005

Mais uma vez... reticências...

O tempo das pessoas que escrevem pouco porque não tem tempo. Não penso, ninguém pensa, todo mundo pensa por mim. Não existo, as pessoas se satisfazem em mim. Não sou profeta, sou punheteiro das palavras. Não insisto. Alguns dizem que persistência é a alma do negócio.

E na próxima esquina, seus amigos agenciam garotas que estupram esquálidos por trocados e vinho barato porque dizem que ele não consegue arrumar garotas. A presença me incomoda. Vidinha ignorada. De reais que passam de mãos em mãos e telefonemas que comem créditos como se fossem cartões bancários.

Não me faça desistir de querer minhas querências pelo que você(s) acham que eu preciso. Não me façam querer o que eu não quero, antes que eu vá eu preciso fazer alguma coisa pra provar que estou vivo. Talvez seja simplesmente a hora deu ir embora, cancelar um post.
Não temam por mim, não desejem por mim, não queiram por mim, morrer jovem é parte de mim... Antes que eu me vá... Gostaria de simplesmente provar que eu estou vivo... Mas chegou a hora deu ir (pra onde eu quiser)... Antes que eu me vá... Só gostaria de provar, que esse é o minha hora de ir embora...