quinta-feira, julho 28, 2005

noise and kisses...




Gotas de chuva cantarolando miasmas e humores de um entediado dia que ainda nem começou o que nunca começa...
Se acaba ao MEIO-DIA.
Quando o dia vira tarde e se entristece de anoitecer.
Quando um qualquer escreve sua triste história diante da tevê ligada, que mostra sua vida em cenas desmontadas de trechos proibidos pela censura imaginária do recalque.
Que uma boca se perca em um beijo.
Que um sorriso acalente a angúsita.
Que duas mãos enrijeçam um caralho
Que um infarto acalme um coração...

terça-feira, julho 19, 2005

O que se diz quando se desdiz...

Minha boca se cala quando não se consente com nada. Fala quando não se seduz palavras indoevindoevoado por entreluzes incandecentes que incendeiam meus olhos no salgado mar morto do que se chama AMOR. Eu não me desfaço em romantismos, que a minha secura não seque e nem segue os teus olhos brilhantes. Que minh'alma se desfaça em cinzas de bem-me-quer-mal-me-quer longe das vistas grossas da maldade, longe da insensatez do que se concretiza com versos chulos de me queira, me prove, me aprove, me diga, me sinta, me acorde. Não posso ser mais do que sou, não quero ser mais do que sou, não consigo ser mais do que sou. 'Quanto menos se fala, menos se erra' - já dizia um sábio ditado. E não sonho, só espero que a fumaça do meu cigarro não me deixe nocivo, e que o amargor dos meus olhos não me deixe inerte...

domingo, julho 10, 2005

para alguém...

Saudade da boca, do olhar sincero, saudade do que é bom e nunca termina, saudade do que você diz que tem pra me dar e que eu gostaria de ter. Saudade do que não é meu por direito, mas que você me deu com vontade e de braços abertos.

Saudade. Saudade. Saudade.

Por mim, pelo que eu gostaria de ter dito e não falei, saudade pelo que eu poderia ter te contado e não contei. Saudade de ser comunicativo e falar as coisas com naturalidade, esquecendo-me de que o dia tem fim. De que todo fim é próximo demais para o amanhã que começa. Saudade por mim... Saudade de quem mora do outro lado da cidade e me mostra o que eu quero mas ainda não quis.

Saudade de uma pequena menina grande. Que sem sombra de dúvidas é bem mais comunicativa do que eu, que me conta dos seus dias, que me conta da sua vida, saudade de uma pequena menina grande, que chora quando se sente triste, que canta quando está feliz, que me conta sobre o que pensa, que me mostra cada pedacinho de verdade, que me sonha cada naco de felicidade.

Tão diferente de mim, calado, estático, de passado duvidoso, de sonhos nublados, de sorriso debochado, de olhar despreocupado, de semblante sem sentido, sem vontades, sem verdades, um pedacinho de gelo quando não deveria, um 'pirracento' quando não gostaria.

Se me quiser, sou seu.
Quando você me quiser...
Enquanto você me quiser.