terça-feira, maio 31, 2005

Quando o dia anterior termina tumultuado, quando o dia que começa começa tumultuado, tenho sempre a lijeira impressão de que simplesmente não dormi, não preguei os olhos um segundo sequer.

A segunda terminou com um beijo xoxo, uma menina que não é bonita e você fica insistindo durante o curso inteiro por um beijo e uma passadela de língua no céu da boca. Ontem ela me deixou passar a língua no céu da boca dela, porém, é uma senhorita fresca que não gosta da minha barba e que diz que não quer me beijar porque a minha boca fede a nicotina e alcatrão. Nada contra, cada um tem as suas preferências, mas então que não ficasse me incentivando nas minhas investidas. O pior de tudo é que você tem medo de enfiar a língua até na goela da menina e ela fazer vômito então acaba que o beijo xoxo tem minha parcela de culpa, eu não mexi a língua o suficiente para que o beijo não fosse xoxo...

O dia começou porque um viadinho que dorme na cama que fica ao lado da minha reclamou do alarme do meu celular, nada de 10 minutos, disse que eu procrastino demais o tempo de levantar da hora que o celular toca da primeira vez. Tá realmente dormir com um estranho na cama ao lado não é nada bom, e o pior de tudo é que o estranho faz parte da sua família, te viu nascer, e você simplesmente morre de medo daquela bicha careca que os outros chamam de irmão. Irmão é o cacete.

E o dia tende a ser mais tumultuado ainda... Sei que ele começou ruim... Só espero que ele termine bem... E vamos ao restante do dia... Aguardem cenas do próximo capítulo...

domingo, maio 22, 2005



Sentir o gosto dos meus cigarros enquanto olho pro céu. Vislumbrar um conhecido que eu desconheço, que mesmo próximo é tão distante. Longe do toque dos meus dedos...
O gosto do guaraná molhando minha sede e me deixando estático...

Observando o que eu vejo mas não tenho, porque é grande demais pra eu poder abraçar... Tão azul, onde vejo vez ou outra aeroplanos rasgando sua imensidão com um estrondoso som, como se estivesse avisando que os céus já tem dono. Mas eles não tem dono, não pertencem a ninguém, tudo ali é livre, tudo é belo... É finito porque se desconhece a verdade do infinito.

A fumacinha nociva e nojenta dos cigarros começam pequeninas, vão crescendo e tomando forma de nada, se encontrando com o desconhecido e sendo abraçadas pela imensidão disforme azulada...

Que as estrelas que me perseguem durante a noite, me deixem dormir tranquilo... Que algumas nuvens que serão passageiras a vida inteira se estacionem na janela do meu quarto por alguns anos e que não me deixem mais sozinho... Que eu seja eu sempre que possível, que a imensidão azul me consuma... E me abrace... Com sua deformidade sem braços... Com seu sorriso desdentado... Com seus sonhos e pesadelos nublados... E que me leve pra onde quiser... Junto com os ventos que sopram do sul...
Quem consegue amar um única mulher?



Quantas vezes você já sentiu o coração bater por causa de alguém que você nem sequer conhece direito, ou até mesmo por quem você desconhece completamente? Um ser do sexo oposto que te atraiu por causa do corpinho jeitosinho, ou por causa dos olhos bonitos, ou simplesmente porque ela é sexy quando te olha de cima em baixo (a verdade é que quem se apaixona por causa do olhar de uma mulher ou tem mais de 40 ou é viado)!

Por mais conhecida seja essa sensação que as vezes nos consome, ela sempre se apresenta de maneira estranha. Eu me apaixonei por duas de uma vez, e acho que essa coisa de amar uma mulher de cada vez é desperdício de tempo. Mas vamos as minhas amadas.

Uma tem um filho e vive em função dele, carrega uma carta que escrevi pra ela dentro da bolsa e diz que sempre que se sente triste dá uma lida na dita cuja (carta), mas tenho a certeza de que ela não a lê e simplesmente nem se lembra que eu existo, porque antes de me despedir dela eu havia dado lhe um livro, que me foi devolvido quando me reencontrou, ou seja, fez como se parecesse que eu tivesse emprestado o livro pra ela, beleza, eu peguei a merda do livro e pensei, 'depois eu dou essa coisa pra alguém' - tá certo que eu dei o livro pra ela porque não havia gostado daquela porcaria, mas era um presente...

A outra é uma galeguinha linda, com um corpinho lindo, o rabo levantado, caminha rebolante que só ela, tem os olhinhos claros, cabelos loiros, vejo seu aparelho toda vez que ela me dá um sorrisinho, tem carinha de menina sacana, mas tem um sério problema, vez ou outra sai do seu local de trabalho escoltada pela polícia. Há pouco tempo descobri que era cleptomaníaca e tinha mania de roubar as coisas e dizer que não sabia de quem era, e se a acusavam simplesmente se fazia de desentendida e ligava para o seu advogado. Ela foi mandada embora, mas deixou saudade dentro do meu peito, gostava de olhá-la indo pra lá e pra cá rebolando aquele rabo lindo...

Por mais impertinente e estranha as coisas pareçam, não consigo tirá-las da minha cabeça. Talvez a vontade de fodê-las seja bem maior do que qualquer sentimento de amor ou amizade. SEXO, GOZO, DESEJO... É o que me move, é o que nos move. É o que procuramos, talvez também seja o que elas procuram. Ai ai, mulheres, mulheres, até onde se consegue caminhar sem elas? Até onde se consegue chegar sem o aconchego do colo materno? Não sei responder essa pergunta. Talvez ela não precise de uma resposta que faça sentido.

Mas o que me deixa abismado e impressionado é ver a tal galeguinha branquinha de rabo avantajado sair escoltada pela polícia com um sorriso nos lábios enquanto a levavam pra prestar depoimento na delegacia mais próxima. Tá eu admito, eu tive vontade de seguir com ela dentro da viatura onde aqueles policiais brutamontes andavam com olhar despreocupado no banco dianteiro da viatura coberta pela maresia.

E minha repugnância toma forma. Essa é a minha vida indecente querendo fazer com que alguém dependa dela. Será que ela já foi liberada, ou será que os policiais fizeram com que ela se ajoelhasse e pagasse um boquete pra cada um daqueles seres que trabalham no batalhão? Se a segunda hipótese for verdadeira fica uma pergunta tosca martelando dentro da minha mente problemática: 'Será que ela cospe ou engole'?

sexta-feira, maio 13, 2005

Versos Soltos

-Você sabe o que são versos brancos?
-Não, que porra é essa?
-Você estudou sua língua durante 4 anos e não sabe o que são versos brancos. e ainda me fala com essa cara mais boba do mundo, com esse olhar todo despreocupado? Você deveria se preocupar, isso é sério!
-Sério pra quem? Pra mim ou pra você? Que ainda insiste em andar comigo?

Não sei porque, mas não tenho a carecterística e um intelectualóide. Não sei um monte de coisas e tenho desinteresse por um monte delas. Tá bom me culpe, me queime, cuspa na minha cara ignorante mas pare de caçoar de mim como se eu fosse a pessoa mais inútil que você (des)conhece.

Em uma casinha de tijolos chapeuzinho vermelho leva doces para a vovozinha, enquanto o lobo espreita por detrás de uma árvore os passos da netinha gostosinha. Doces? Que mané doces o que, eu quero é o rabinho.

No restaurante chinês eles arrancam as escamas da pequena sereia e a servem enrolada em alga para empresários de uma importante indústria de equipamentos eletrônicos. Meio espinhento, mas saboroso.

No oceano Pacífico eles capturam uma esponja que se chamava BOB, e agora ela limpa panelas com o nome de SCOTH (de sobrenome BRIGHT).

O gato TOM morreu no ano de 1992 depois de comer o rato JERRY. Só que TOM não sabia que antes do ratinho bonitinho ser ingerido ele havia comido uma grande quantidade de veneno para rato em grânulos, não se tem informação sobre o último depoimento do ratinho popstar, porém, suas últimas palavras foram: "Uhhhhh! Docinhooo!.

Nonsense essas historinhas, mas apesar de serem tristes foram assim que elas terminaram, e para evitar um revolta infantil nas ruas do formoso Brasil, a imprensa abafou todos os casos...

F.I.M.