quarta-feira, setembro 24, 2008

O que é isso? Você saberia me dizer?

Uma noite insossa para quem não tem idéias.
Cedo ou tarde elas chegam. Ou se vão de vez.
Qual é a quantidade de sonhos que você é capaz de sonhar em uma única noite?
Você sabe quantificar sonhos? Você sabe quando um sonho começa ou quando termina?
Por que começa, ou por que termina?
Uma caneta é capaz de aliviar uma alma.
Várias idéias divergem de pensamentos confusos, e no fim das contas, você acaba se escondendo de você mesmo. Atrás de um sonho que você não sabe onde ou quando começou. Mas a verdade é que você não sabe nem se o sonho é realmente seu.
O mundo é um ponto ou uma grande interrogação?
Você não diz algo por que não tem coragem, ou por que realmente acha que essa coisa qualquer que você ia dizer não deve ser dita?
Você consegue? Pra que lado você quer ir?
Por que seguir por aí?
Por que não seguir?
Sonhar é imaginar, no meio do caos um menino dançando, vasculhada escombros que escondem solidão. Dançando... Era engraçado, mas o menino, apesar de sozinho, não sentia medo. O que fazer quando tudo o que resta são fotografias velhas e blocos de cimento que se soltaram das paredes?
O que fazer quando a ventania é tão forte que leva embora todo o seu lar, sua segurança?
Pra onde seguir?
Quando seu único companheiro é um cachorro e seus sonhos são acrobacias e brinquedos amontoados junto ao que um dia foi a esperança de alguém?!
Aviões sobrevoando baixos e levando um pouco de alimento... Sirva-se à vontade, pois não há mais ninguém além de você! Se preferir, coma campim junto com as vacas...
Você tem alternativas? Você tem soluções?
Talvez fosse melhor recusá-las!
Pra onde você vai? De onde você veio?
Nada além da solidão e de uma sinfonia orquestrada por mãos e uma vasta imensidão...
Mas o menino nunca se importa... Pois há tempos, ele queria somente passar um tempo sozinho...

segunda-feira, setembro 15, 2008

uma linha vermelha indicativa de erro.

Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo.
(Galileu Galilei)


Uma semana e meia, ou uma meia semana? Qualquer coisa para se dizer pra alguém adjetivos, advérbios, provérbios ou qualquer coisa seja lá o que for. Um copo de suco sobre a mesa, embaixo, no chão, uma garrafa pet com água morna.

Cigarros pela metade repousados em um cinceiro de metal amarelado. Um rádio velho sintonizado em uma estação evangélica com caixas de som zunindo bençãos e louvores exaltados.

Um sonho, dois sonhos, vários sonhos. Um amontoado de meias verdades que nunca poderão ser verdades inteiras. E a tevê que não sintoniza canal algum.

O som desesperado de alguém que bate na porta porque chegou atrasado, e esqueceu as chaves de casa? Ou seria o som da chuva que poderia ter caído se o céu não estivesse tão seco, e se as nuvens não fugissem apressadamente para longe? Ouço o tilintar de pingos que se desfazem e morrem... No asfalto.

Uma poesia escrita para alguém que ainda não nasceu. Porque um preservativo ainda não estourou pra originar o rebento.

O cheiro de sangue nas ruas. Um porco posto na mesa com uma maça enfiada na boca.

Uma verdade. Qualquer verdade. Verdade qualquer.

A verdade é que tem gente que sintetiza muito bem palavras em poucas linhas, e outros simplesmente escrevem várias linhas que representam um amontoado de nada.

Linhas de código que me fazem mais humano, ou menos estático. Me dizem verdades escritas para alguém que não pode ou não quer aprender? Uma novidade.

Um cão cheiroso repousa por sobre travesseiros. E do lado de lá, um monte de gente olha furiosamente para o lado de cá.

A miopia não enxerga faces, rostos e trejeitos, somente um borrão bem feito ao longe.

Uma punheta durante o banho, e o som do esperma escorrendo entre os dedos. Pegajoso.

E o fato é que o mundo não ensina nada praqueles que não sabem o que querem aprender.