terça-feira, maio 29, 2007

::: HÚMUS




A noite consumindo detritos de ontem...
Perfura as entranhas do que foi-feito-pedra-umdiaqualquer (sem 'hifienização')
Afoga saudosismos em aparências do nunca-mais-foi-mesma-coisa.
Perdoar os fracos, amadurecer os estúpidos e entupidos...
Florescer molhos de chaves que não abrem portas

Crescer... Crescer... Crescer...

Pare o mundo que alguém precisa descer, ou subir, ou simplesmente se-deixar-se-cair-se por aforismos... bestas...
Escritas tortas em garranchos azul-esferográfico...

Foi... Foi... Foi...

Porque eu não queria ser...
Nem sentir...
Eu queria ser eu ontem...
Eu queria ser ontem agora...
Eu queria agora ser húm(an)us...

Interjeições... Inapropriações... Desapropriações... letras minúsculas onde deveria existir maiúsculas... letras onde deveriam existir (espaços), espaços onde deveria existir __________________ (linhas brancas)...

Nada onde existir tudo...
X-...
XX...
XXXX oooo ----

Escrever em código morse já não faz mais sentido.

Cheiro... Sentido...
Ver... Tato...
Afora...
Lago...
Reduz...
747.

Imagem: Benett
Texto: R.

domingo, maio 13, 2007

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mínimas 2

Parei de fumar. Fazem oito horas que não boto um cigarro na boca. (R. as 19:30 de sábado).

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Voltei a fumar. (a mesma pessoa as 21:42 do mesmo dia).

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recordar é viver...

::: FELICIDADE?

Por que a felicidade se parece tanto com a loucura? Por que felicidade se parece tanto com estar fazendo nada, sentado em um aconchegante sofá bege com os pés pra cima, somente pensando em um jardim que está florescendo no seu quintal?

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Visualizar, publicar, editar.
Aguardando publicação.
Carinhas felizes que terminam ao lado de um coração.
Uma paisagem grotesca com duas montanhas e um sol no alto, inserir imagem. Será que tudo isso foi intencional?
Quem pensou?
Um pessoa criativa.
Talvez.
Nunca saberei disso.
Nunca.
Nunca é um poema distante onde se troca vozes por silêncio.
Onde se sabe o que se quer e sempre se tem o que se precisa.
A teoria do "SE".
Se eu fosse um octógono eu teria muitos lados, se eu fosse um copo d'água seria incolor, seu eu fosse uma caneta tavez tivesse sentimentos e seu eu fosse uma puta eu fodia e fodia e fodia...

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Nada mais a declarar a minha felicidade acabou de se acabar.

sexta-feira, maio 11, 2007

Músicas da semana:

1. Furo - Campos de Lírio


2. Rancore - escadacronia


3. O Quarto das cinzas - Anoiteço


4. Claudia´s Parachute - Mile pale



Fonte:
Todas as músicas foram retiradas do site Trama Virtual, caso alguém tenha interesse basta clicar no nome de cada banda aí acima que será redirecionado para a página pessoal de cada uma delas.

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P.S.: Eu ia fazer um comentário sobre cada uma das músicas, mas vou me recolher a minha insignificância e vou me contentar em simplesmente não dizer nada, porque músicas não nascem pra ser comentadas. São uma mistura de amargo e adocicado, cheiro e gosto, é uma mistura de dor, cor, lágrimas e sorrisos.

Cada verso uma história que poderia ser contada por alguém de outra forma. Cada verso uma sensação, cada acorde um sonho sonhado em vão, uma pontuação qualquer, uma interrogação, uma reticência, um ponto final, muitas vezes uma exclamação... Nunca um parágrafo (não gosto de parágrafos), pois um parágrafo é e sempre será o marcador do início de algo, mas se resume em um espaço maior que os outros... porém... sempre... vazio... (como os outros)...

(eu ia dizer alguma coisa com porra nenhuma, mas ia ficar escroto se eu avacalhasse essa observação que havia começado tão bonitinha - e pra não perder o costume, bonitinha é o caralho - me contradizer é um hobby.).

quinta-feira, maio 10, 2007


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"Acordam os temporais quando esqueço que a verdade é não esquecer. E quando a torre bate seis, por entre sete dedos dourados brotam minguantes folhas de hortelã. Hora para ver os roseirais e te levar para casa. E cheirar no seu hálito o gosto forte do meu primeiro sêmen da manhã. Se sua irmã soubesse com quem brincou a noite inteira.

A tarde, o domingo e a beirada de um precipício cheio de peixes dourados é água salgada, em cima da grama nossas bundas, as formigas e o seu olhar atravessando meu filtro solar. E mais alto, sem ninguém ver, gaivotas vermelhas menstruam sobre os roseirais a colheita de amanhã. Acontece quando não esperamos.

O que você tem para me dizer que tanto espera?

Um pouco cansado de repetir palavras inalterarando a ordem das frases. Não fui programado para esperar nem para sofrer paixões voluntárias. Cada apaixonar me aprisiona em um 'stand by' eterno pelo ser enamorado. Guardo todos e não ouso jogar fora nenhum. Não me disseram como apagar paixões, nem eu quero aprender. Sou só uma putinha e nada do que falo cabe para mim. Perco um tempo tentando entender como as pessoas sustentam o dia mantendo alguma sanidade. Como contam as horas até o anoitecer? E, quando finalmente anoitece, onde seria lógico estar até a próxima manhã, antes de ver os roseirais enfeitando o fundo da paisagem onde seu rosto repousa na contra luz da janela do meu carro às seis horas de um verão parado no
tempo. Ainda sinto o cheiro do meu sêmen a cada suspiro seu. Ainda sinto o vento quente bagunçando meus cabelos. Seque-me, ou rache em minha cabeça a garrafa de champanhe que você esconde para o próximo reveillon.
Doze ondas ou um desejo realizado?

Enquanto isso tatuo nos braços espirais de palavras em vermelho só para te contar mais uma história que nunca viví. Confundo o passado na memória real e fica ainda mais difícil distinguir o fato da imaginação. Não sei se o que lembro aconteceu. O tempo que leva para gastar um sabonete. A medida e a desmedida. A batalha, o jogo e a luta interminável entre os opostos. A agonia. Um ideal impossível contrariando inabalável o cotidiano. Todo dia. E eis que nasce a tragédia!

Pesadelos acordam quando esquecemos de trancar o portão que leva à fonte do esquecimento. Vamos lá, não beba dessa água.".


Este texto foi encontrado em um antigo e-mail enviado em 2004 a uma amiga que mora na França, no e-mail não encontrei a autoria do texto, não é meu pois não me lembro de ter escrito isso, definitivamente não me lembro definitivamente da autoria...

quarta-feira, maio 02, 2007

Hoje eu fudi minha simpatia. Eu não sei quando é que a gente faz essa simpatia, acho que é no dia de São Cosme e Damião ou sei lá o que, só sei que a gente tem que dizer o nome dos três reis magos e guardar 3 sementinhas de romã em uma nota de reais (geralmente a gente usa uma nota de 1 real, que é a que tem menor valor. Poxa, se a simpatia é pra ganhar dinheiro o que custa enrolar a bagaceira em uma nota de cinqüenta?). Enfim, estava mais duro que pau de tarado, não tinha dinheiro nem pra fazer xixi no banheiro da rodoviária... Desembrulhei a trouxinha, guardei as sementes no meu cinzeiro e fui até a padaria comprar cigarros...

Acho que a simpatia serviu pra alguma coisa neste ano... Com certeza serviu...

...goodbye you liar,
well you sipped from the cup but you don't own up to anything
then you think you will inspire
take apart your head
(and I wish I could inspire)
take apart your demons, then you add it to the list.
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