domingo, maio 22, 2005

Quem consegue amar um única mulher?



Quantas vezes você já sentiu o coração bater por causa de alguém que você nem sequer conhece direito, ou até mesmo por quem você desconhece completamente? Um ser do sexo oposto que te atraiu por causa do corpinho jeitosinho, ou por causa dos olhos bonitos, ou simplesmente porque ela é sexy quando te olha de cima em baixo (a verdade é que quem se apaixona por causa do olhar de uma mulher ou tem mais de 40 ou é viado)!

Por mais conhecida seja essa sensação que as vezes nos consome, ela sempre se apresenta de maneira estranha. Eu me apaixonei por duas de uma vez, e acho que essa coisa de amar uma mulher de cada vez é desperdício de tempo. Mas vamos as minhas amadas.

Uma tem um filho e vive em função dele, carrega uma carta que escrevi pra ela dentro da bolsa e diz que sempre que se sente triste dá uma lida na dita cuja (carta), mas tenho a certeza de que ela não a lê e simplesmente nem se lembra que eu existo, porque antes de me despedir dela eu havia dado lhe um livro, que me foi devolvido quando me reencontrou, ou seja, fez como se parecesse que eu tivesse emprestado o livro pra ela, beleza, eu peguei a merda do livro e pensei, 'depois eu dou essa coisa pra alguém' - tá certo que eu dei o livro pra ela porque não havia gostado daquela porcaria, mas era um presente...

A outra é uma galeguinha linda, com um corpinho lindo, o rabo levantado, caminha rebolante que só ela, tem os olhinhos claros, cabelos loiros, vejo seu aparelho toda vez que ela me dá um sorrisinho, tem carinha de menina sacana, mas tem um sério problema, vez ou outra sai do seu local de trabalho escoltada pela polícia. Há pouco tempo descobri que era cleptomaníaca e tinha mania de roubar as coisas e dizer que não sabia de quem era, e se a acusavam simplesmente se fazia de desentendida e ligava para o seu advogado. Ela foi mandada embora, mas deixou saudade dentro do meu peito, gostava de olhá-la indo pra lá e pra cá rebolando aquele rabo lindo...

Por mais impertinente e estranha as coisas pareçam, não consigo tirá-las da minha cabeça. Talvez a vontade de fodê-las seja bem maior do que qualquer sentimento de amor ou amizade. SEXO, GOZO, DESEJO... É o que me move, é o que nos move. É o que procuramos, talvez também seja o que elas procuram. Ai ai, mulheres, mulheres, até onde se consegue caminhar sem elas? Até onde se consegue chegar sem o aconchego do colo materno? Não sei responder essa pergunta. Talvez ela não precise de uma resposta que faça sentido.

Mas o que me deixa abismado e impressionado é ver a tal galeguinha branquinha de rabo avantajado sair escoltada pela polícia com um sorriso nos lábios enquanto a levavam pra prestar depoimento na delegacia mais próxima. Tá eu admito, eu tive vontade de seguir com ela dentro da viatura onde aqueles policiais brutamontes andavam com olhar despreocupado no banco dianteiro da viatura coberta pela maresia.

E minha repugnância toma forma. Essa é a minha vida indecente querendo fazer com que alguém dependa dela. Será que ela já foi liberada, ou será que os policiais fizeram com que ela se ajoelhasse e pagasse um boquete pra cada um daqueles seres que trabalham no batalhão? Se a segunda hipótese for verdadeira fica uma pergunta tosca martelando dentro da minha mente problemática: 'Será que ela cospe ou engole'?