A decadência caminha nas ruas
Vestida de rosa e tem cheiro de óleo diesel
Desfigurada de complexos e cheia de desmanzelos
A verdade se esconde debaixo da saia da nega Juju
Todos sabem o que tem lá embaixo, mas ninguém se arrisca a olhar
O amor é cego porque não enxerga
Não enxerga porque é cego
Ou seja, o amor é cego porque é óbvio
A tristeza se cortou junto com a carne essa manhã
Pisou em cacos de vidro, sem sangue, sem cor
Sem dor...
Letras e nomes desconhecidos são desencontros
Porque ninguém nunca lhes disse "olá"
Verbos e preposições são putarias
Todas em justaposição com normas desleixadas, complexadas
Satélites aproximam beijos
Quando se visita céus de boca e os lambe
Com bocas desdendatas de inocência
O fim deixa de ser fim
Quando o início deixa de existir
A existência deixa de ser ar
Quando se assopram os balões de aniversário...
As letras se tornam nada
Quando sentido não acontece... Ou morre antes mesmo de nascer...
E nada cresce
Quando se desconhece aquele tal de "acontece"...
Na quadra onde os paralelepípedos são dobraduras de papel marchê e os sonhos são pedaços desleixados de minha infância reticente... Será que uma cidade caberia inteira dentro da minha quadra?
terça-feira, outubro 28, 2008
terça-feira, outubro 21, 2008
domingo, outubro 05, 2008
Curtas
Cores e formas. Linhas e códigos. Bits e Bytes. Um pequeno raio de luz que me traz... O dia. Um folheto que me busca amores em três dias. Um dia escuro, uma praia sem mar, um porém sem outrora. Um amontoado de blocos de concreto que crescem e frutificam uma paisagem. Um verbo, um substantivo, vários adjetivos. Uma saudade de ontem e uma insanidade latente que me trás um cheiro amargo meio adocicado. Um tênis surrado que me conta uma história de peraltices. O que sou e o que tenho... Chama-se... Agora!
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