terça-feira, outubro 28, 2008

Poema medíocre

A decadência caminha nas ruas
Vestida de rosa e tem cheiro de óleo diesel
Desfigurada de complexos e cheia de desmanzelos

A verdade se esconde debaixo da saia da nega Juju
Todos sabem o que tem lá embaixo, mas ninguém se arrisca a olhar

O amor é cego porque não enxerga
Não enxerga porque é cego
Ou seja, o amor é cego porque é óbvio

A tristeza se cortou junto com a carne essa manhã
Pisou em cacos de vidro, sem sangue, sem cor
Sem dor...

Letras e nomes desconhecidos são desencontros
Porque ninguém nunca lhes disse "olá"

Verbos e preposições são putarias
Todas em justaposição com normas desleixadas, complexadas

Satélites aproximam beijos
Quando se visita céus de boca e os lambe
Com bocas desdendatas de inocência

O fim deixa de ser fim
Quando o início deixa de existir

A existência deixa de ser ar
Quando se assopram os balões de aniversário...

As letras se tornam nada
Quando sentido não acontece... Ou morre antes mesmo de nascer...

E nada cresce
Quando se desconhece aquele tal de "acontece"...

terça-feira, outubro 21, 2008

A manhã acordou com cheiro de amaciante de roupas...

domingo, outubro 05, 2008

Curtas

Cores e formas. Linhas e códigos. Bits e Bytes. Um pequeno raio de luz que me traz... O dia. Um folheto que me busca amores em três dias. Um dia escuro, uma praia sem mar, um porém sem outrora. Um amontoado de blocos de concreto que crescem e frutificam uma paisagem. Um verbo, um substantivo, vários adjetivos. Uma saudade de ontem e uma insanidade latente que me trás um cheiro amargo meio adocicado. Um tênis surrado que me conta uma história de peraltices. O que sou e o que tenho... Chama-se... Agora!