segunda-feira, setembro 15, 2008

uma linha vermelha indicativa de erro.

Você não pode ensinar nada a um homem; você pode apenas ajudá-lo a encontrar a resposta dentro dele mesmo.
(Galileu Galilei)


Uma semana e meia, ou uma meia semana? Qualquer coisa para se dizer pra alguém adjetivos, advérbios, provérbios ou qualquer coisa seja lá o que for. Um copo de suco sobre a mesa, embaixo, no chão, uma garrafa pet com água morna.

Cigarros pela metade repousados em um cinceiro de metal amarelado. Um rádio velho sintonizado em uma estação evangélica com caixas de som zunindo bençãos e louvores exaltados.

Um sonho, dois sonhos, vários sonhos. Um amontoado de meias verdades que nunca poderão ser verdades inteiras. E a tevê que não sintoniza canal algum.

O som desesperado de alguém que bate na porta porque chegou atrasado, e esqueceu as chaves de casa? Ou seria o som da chuva que poderia ter caído se o céu não estivesse tão seco, e se as nuvens não fugissem apressadamente para longe? Ouço o tilintar de pingos que se desfazem e morrem... No asfalto.

Uma poesia escrita para alguém que ainda não nasceu. Porque um preservativo ainda não estourou pra originar o rebento.

O cheiro de sangue nas ruas. Um porco posto na mesa com uma maça enfiada na boca.

Uma verdade. Qualquer verdade. Verdade qualquer.

A verdade é que tem gente que sintetiza muito bem palavras em poucas linhas, e outros simplesmente escrevem várias linhas que representam um amontoado de nada.

Linhas de código que me fazem mais humano, ou menos estático. Me dizem verdades escritas para alguém que não pode ou não quer aprender? Uma novidade.

Um cão cheiroso repousa por sobre travesseiros. E do lado de lá, um monte de gente olha furiosamente para o lado de cá.

A miopia não enxerga faces, rostos e trejeitos, somente um borrão bem feito ao longe.

Uma punheta durante o banho, e o som do esperma escorrendo entre os dedos. Pegajoso.

E o fato é que o mundo não ensina nada praqueles que não sabem o que querem aprender.