segunda-feira, maio 01, 2006

::: O gigantesco olhar de uma menina pequena

Olá minha pequena, é difícil pra mim, que não sei transformar os sentimentos em palavras, explicar a saudade que sinto de você.
Saudade do sorriso,
Saudade do olhar bobo de menina apaixonada, olhar que as vezes se torna inocente, e outras vezes, é cruel e impiedoso.
Vontade de você.
Vontade de sentir os teus cabelos fazendo cócegas em meu nariz.
Vontade de acordar durante a noite com esse teu cheiro de menina-mulher exalando desejo.

Dizem que a semana tem poucos dias, e o dia na verdade tem poucas horas. Até mesmo eu pensava assim, dizendo que o tempo passa depressa e que quando a gente menos esperar, nos veremos novamente. Mas a questão não é o pouco tempo que falta para que a gente se veja, a questão é pouco tempo que tenho para me deliciar com o teu sorriso, o pouco tempo que tenho para me esbaldar em sua voz gostosa, pouco tempo para ouvir as tuas verdades, mesmo que elas não sejam absolutas (ainda bem).

Suas incertezas me fazer ter a certeza de que eu quero, que eu te quero, ao meu lado, à minha frente, atrás de mim, para me guiar pro nada, para ficar deitado descobrindo trechos mórbidos da minha existência quase infantil. Te quero, mesmo quando você não precisar de mim, mesmo quando você não me quiser mais. Te quero.

Talvez eu seja um verdadeiro bosta. Que não vai a sua casa, que não sai de casa, que fica preocupado e que faz pouco para que essas preocupações se acalmem indo de encontro à você.

Sou um bosta, é verdade, mais inseguro do que qualquer um que você possa ter conhecido.

Também não sei se tenho algo para lhe dar, mesmo que o que eu tenha para te dar seja pouco, no final das contas, espero que o pouco seja muito.

Saudade de você pequena.
De cada pedacinho seu.
Te adoro...
Todos os dias.